Reprodução

Antes de fazer planos objetivando a reprodução de suas Calopsitas você terá de pensar em instalações adequadas para tal intento.
A opção de gaiola para um casal – 1m X 0,4m X 0,5m (comprimento, largura e altura) é um ótimo começo!
Um ninho de madeira do lado de fora compondo uma caixa horizontal com 20 x 20 cm de frente, de preferência com uma entrada redonda e 35 cm de comprimento.





Dois poleiros de diâmetros diferentes, variando de 1,5 a 2,5 cm, instalado em quarto ou galpão ventilado, mas sem correntes de ar.
Localização protegida de ventos frios (sul) por paredes, quebra-ventos, cercas vivas etc. e de forma a receber o sol da manhã. Já os viveiros devem ter de 3 x 1 x 2 m para 1 ou 2 casais e de 4 x 3 x 2 m para os filhotes.
Podem ser de tijolos de barro rebocados, de alvenaria, de placas de cimento, de blocos de cimento revestidos de argamassa, com cobertura de telhas de cerâmica em 1/3 do viveiro, protegendo os comedouros e ninho, tela galvanizada de cerca de ½ polegada e fio 18. Piso de concreto com escoamento para água.
Dois poleiros de madeira, vasilhas de barro ou louça e uma separada para tomar banho. 
A ventilação e o recebimento da luz do sol devem ser idênticos aos das gaiolas.
As Calopsitas são aves monogâmicas e estão aptas à reprodução a partir de um ano de idade.
Reproduzindo tanto em gaiolas quanto em viveiros.
Em seu habitat natural, reproduzem na época das chuvas, quando os alimentos são mais abundantes. O ninho normalmente é feito em buracos já existentes nas árvores, geralmente em eucaliptos próximos à água. Os filhotes com dois meses já comem sozinhos.
Em cativeiro, reproduz o ano inteiro (principalmente durante a Primavera e Verão), mas aconselha-se tirar apenas 2 ou 3 ninhadas por ano para não desgastar as aves. Caso queira interromper a reprodução, basta retirar o ninho.
Para efeitos de adestramento é aconselhável separar os filhotes dos pais com 8 semanas de vida.
Sua postura varia de 4 a 7 ovos, com intervalos de cerca de dois dias, e com incubação de 17 a 22 dias (até 3 semanas). Os ovos medem de 2 a 3 cm.
Caso você opte por não retirar o filhote, perceberá que ele deixará o ninho após 28 dias, porém, é desaconselhável não separar os filhotes dos pais, ainda que você não queira adestrá-los, devido ao fato que decorridas as 8 semanas de vida inicia-se uma fase onde os pais começam a expulsar, “brigar” com os filhotes.
O fato de o macho e a fêmea diferirem fisicamente na maioria das mutações, auxilia muito quando se pretende formar um casal.
Você também poderá reparar que a Calopsita é uma ótima mãe. Nunca rejeitam chocar os ovos ou cuidar dos filhotes ou transferir ao dono parte das tarefas da maternidade como acontece com muitos pássaros de cativeiro. Muito pelo contrário. Todos estes fatos fazem da Calopsita um animal extremamente fácil de se reproduzir em cativeiros. Elas se reproduzem tanto em viveiros coletivos (com outros casais ou espécies diferentes) como também como apenas um casal no ambiente. Esta última opção é a mais simples e, portanto, a mais recomendada.
Uma dica interessante é que você forneça palha para com que a fêmea possa montar o ninho evitando-se assim desta forma possíveis danos aos ovos.
O ritual de acasalamento se dá com o macho se exibindo para a fêmea, levantando a abaixando a crista, cantando e abrindo as asas. Então ele entra no ninho e a fêmea o segue. Durante cinco ou dez minutos, o macho esfrega a cloaca na da fêmea, que emite um som contínuo e baixo.
É muito comum este ritual prosseguir por vários dias. A postura costuma se iniciar de uma a duas semanas após a união do casal.
O macho deve permanecer com a fêmea, pois a ajuda a cuidar dos ovos e dos filhotes.


Ovoscopia


A ovoscopia é um procedimento simples, mas muito importante para o processo de reprodução de qualquer pássaro. 
Através da Ovoscopia podemos verificar se os ovos estão realmente galados e caso não estejam, podemos retirar os ovos e fazer com que o casal inicie uma nova postura, com isso ganhamos tempo evitando que a fêmea fique chocando ovos que não iriam dar nenhum filhote.



A ovoscopia consiste em colocar os ovos contra uma fonte de luz (lanternas, lâmpadas) de preferência estando em um local escuro, com isso conseguimos ver o interior do ovo e por conseqüência a presença ou não do embrião.

A seguir temos um ovo infértil, ou seja, não irá nascer filhote algum. Dá para ver claramente a gema no interior.



Foto da Internet


 Aqui temos um ovo fértil, note a presença de sangue e o começo da formação do embrião. Além disto, quando o embrião já está mais formado, o ovo perde o aspecto amarelo e ganha um tom mais escuro. Este ovo está sendo chocado a cerca de 4 a 5 dias, é de um casal de periquitos meus, por isso não está tão nítido.


Foto da Internet


A ovoscopia deve ser feita a partir do 5º dia, antes deste tempo é mais difícil visualizar o embrião. 
Para fazer a ovoscopia podemos utilizar qualquer fonte de luz, como as lanternas, lâmpadas e até mesmo a luz de uma vela.



Acompanhem a vida do Embrião:




Cuidados gerais de filhotes

Os pais revezam-se constantemente durante a incubação, e também em conjunto cuidam dos filhotes após o nascimento. E justamente quando os ovos finalmente descascarem é que você deverá fornecer diariamente milho verde, pão molhado e osso de siba.
Os filhotes são ocultados pelos pais durante os primeiros 10 dias é aconselhável que contenha a sua curiosidade e que não tente os ver durante este período, até mesmo porquê, após 3 semanas eles começarão a explorar a gaiola.
Fique tranqüilo, normalmente os pais conseguem cuidar sozinho de seus filhotes, sendo suficiente oferecer os alimentos adequados, porém, às vezes isto não acontece. Então você mesmo poderá
alimentá-los. Isto requer paciência e carinho, mas traz resultados bastante gratificantes e é justamente por isso que você deverá ficar atento se os pais estão ou não os alimentando.
Para tanto bastará você acomodar os filhotinhos em uma caixa forrada com papel, pano e guardanapos de papel (que deverão ser trocados periodicamente).
Cuide para mantê-los aquecidos. Não use estopa, pois os fiapos poderão eventualmente machucar os frágeis olhos deles!
Com uma seringa descartável de 10 ml (sem a agulha), remova a parte externa que protege o bico da seringa, e alimente os alimente.


Papinha para filhotes 
Farinhada CéDé para filhotes e Loris, que deve ser preparada na proporção de 1 parte de farinhada para 1 de água morna. Preencha a seringa com a papinha e ofereça pequenas porções por vez dentro do bico dos filhotes. Para limpar os bicos sujos, use um algodão molhado em água morna.
Sempre procure observar o papo dos filhotes, alimente-os até com que ele fique cheio.
Assim que ficar murcho, é hora de alimentá-los novamente. No início, geralmente eles precisam comer no intervalo de 3 em 3 horas, mas com o passar do tempo eles passarão a comer com menor freqüência.
Com relação ao adestramento, como já foi mencionado, após 3 semanas, seja na gaiola ou alimentados em casa, os filhotes poderão começar a serem acostumados a ficar na mão dos donos e você poderá oferecer pão duro e biscoitos.
Já em tão curta existência de vida eles já demonstram toda a sua tão peculiar simpatia, pois nesta fase já começam a aprender a repetir palavras e frases curtas, desde que treinados com paciência diariamente.
Também é aconselhável com oito semanas de vida, transferir os filhotes para o “viveiro de filhotes”, que deverá ser mais espaçoso que o dos adultos para permitir bastante exercício de vôo.
As dimensões poderão ser de 4m X 3m X 2m.